quarta-feira, 7 de março de 2012

Questão da violência provoca debate na Alepe

LEGISLATIVO

Questão da violência provoca debate na Alepe

Proposta do deputado Daniel Coelho, de realização de uma audiência pública para debater assaltos a bancos, causa confronto entre governo e oposição

Publicado em 28/02/2012, às 22h41

Ayrton Maciel

Oposição e governo estiveram em confronto, nesta terça-feira (28), na Assembleia Legislativa, ao debaterem a violência no Estado, com o aumento do número de assaltos a banco, em janeiro e fevereiro deste ano, e a influência das drogas em uma série de crimes contra a vida que atingiram famílias. O deputado de oposição Daniel Coelho (PSDB) apresentou requerimento para a realização de uma audiência pública pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Casa, para a qual serão convidados representantes de bancos, bancários e a Secretaria de Defesa Social do Estado.
O requerimento foi suficiente para que os deputados de oposição ampliassem o tema violência dos assaltos a bancos para episódios de assaltos a sulanqueiros nas estradas do Estado e o envolvimento do crack e do tráfico de drogas nos índices de violência. “Estamos perdendo a guerra contra o crack. O nosso sistema penitenciário não recupera ninguém. Cerca de 90% dos presos e apenados retornam ao crime. Estudos indicam que o ideal seria um agente para cada cinco detentos, mas em Pernambuco há um agente para cada 20 presos”, destacou Daniel, em pronunciamento. O deputado tucano aproveitou para cobrar o governo estadual a convocação de 277 agentes penitenciários, de um total de 700, que foram aprovados no último concurso público, já fizeram o curso de formação e aguardam a nomeação.
O líder do governo, Waldemar Borges (PSB), saiu em defesa do governo, ressaltando que dos últimos nove casos de assalto a banco a SDS já tinha esclarecido oito. O líder cobrou, porém, maior investimentos do sistema bancário na segurança de suas agências e destacou índices de redução da violência apresentados pelo programa integrado Pacto pela Vida. “Concordo com o deputado quando direciona a cobrança ao próprio sistema bancário. É obrigação primeira do sistema dar segurança a seus funcionários e cliente. O governo nunca disse que o problema foi totalmente resolvido, mas, no Carnaval deste ano, por exemplo, houve uma redução de 11,5% em números de homicídios”, lembrou Waldemar.
O líder da oposição, Antônio Moraes (PSDB), contestou o governista, ao afirmar que os assaltos nas estradas aos sulanqueiros de Pernambuco e outros Estados que se dirigem a Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru têm sido crescentes, assim como o número de roubo de carros. “A violência não será resolvida só com prisão. É preciso tirar os jovens das drogas, eliminar as condições que levam à violência. A segurança é uma questão institucional. É prioridade número 1 do Executivo. Não se pode transferir responsabilidade para os bancos”, aparteou o também oposicionista Maviael Cavalcanti. “Precisamos estimular a denúncia anônima contra os criminosos. A sociedade tem que participar do combate à violência e o Estado tem que investir em escolas de tempo integral”, propôs o governista Izaías Régis (PTB).

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