sexta-feira, 23 de março de 2012

Prática atrai risco de instrumentalizar poder

Com aproximadamente 15 pré-candidatos a prefeituras, a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco se converteu em uma espécie de palanque. Discursos cada dia mais municipalizados e até troca de farpas entre deputados que, apesar de ocuparem a mesma bancada – governo ou oposição, em relação ao estado –, são adversários no âmbito municipal. 

O cientista político Ernani Carvalho, da Universidade Federal de Pernambuco, afirma que essa postura do Legislativo faz parte de uma dinâmica política que tende a ficar acentuada pela proximidade com a eleição. Em princípio, não implicaria prejuízos, mas os riscos de incorrer na instrumentalização do poder seriam muitos e frequentes. “Os municípios fazem parte do estado. Então trazer os pleitos municipais não seria um desvirtuamento do trabalho legislativo. Mas pode ser, isso sim, uma instrumentalização do espaço para viabilizar interesses eleitorais”, alertou. 

Em relação às indicações com apelos aos prefeitos, ele descreve essa postura como uma “válvula de escape para a negociação política”. “O que se percebe é um excesso de poder dos governos e os deputados se perdem na falta de autonomia que têm. Isso os empurra para outras esferas onde eles, supostamente, teriam devolvida certa autonomia”, disse.  


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Campeões de apelos publicados no Diário Oficial, em março 

 Rildo Braz    (PRP)     - 7
 Daniel Coelho    (PSDB) - 5
 Ricardo Costa    (PTC)     - 4
 Pedro Serafim    (PDT)     - 2
 Ramos     (PMN)     - 1


Fonte: Diário de Pernambuco/Política

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