quarta-feira, 28 de março de 2012

Produto popular não vingou


O que poderia ser um opção mais acessível à população, o seguro popular para carros usados não vingou. Uma circular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), de 2005, regulamentou esse tipo de seguro mas, alegam as seguradoras, nenhum produto se provou viável do ponto de vista financeiro. Caso ele volte a ser discutido e aprovado em outros termos, a FenSeg calcula que esse tipo de seguro seria cerca de 30% mais barato do que o produto tradicional. Com isso, o universo de carros segurados poderia aumentar de 13,5 milhões para 17 milhões, atingindo quase 40% da frota com documentação em dia.

Outras medidas que, comenta-se, poderiam tornar o seguro mais acessível ao consumidor não são assim tão viáveis. Ampliar os prazos de pagamento para quem compra veículos usados, por exemplo. Normalmente, o seguro tem vigência de 12 meses e pode ser pago em até 12 parcelas. “Não tem como parcelar em mais vezes, pois o seguro perderá a vigência ou a parcela irá se sobrepor àquelas da renovação, o que inviabiliza do mesmo jeito”, argumenta o diretor de Automóveis do grupo BB/Mapfre, Jabis Alexandre.

Jabis afirma que a penetração de 28% do seguro facultativo no Brasil não é baixa e está de acordo com o que ocorre em outros países. Com a diferença de que, nos países desenvolvidos, o seguro de responsabilidade civil é obrigatório, com importâncias seguradas acima de R$ 1 milhão ou sem limite de indenização, e ainda assim os proprietários aderem ao opcional. No Brasil, a indenização máxima do DPVAT, em caso de morte de vítimas, é R$ 13 mil. 

O diretor do BB/Mapfre defende que a penetração do seguro opcional vai aumentar gradativamente na medida em que melhora a renda da população. “Acredito mais no aumento da penetração do seguro através da renovação da frota do que na redução do custo”. Segundo ele, há como contratar seguros mais baratos, escolhendo, por exemplo, uma franquia maior. Ou reduzindo as coberturas para apenas responsabilidade civil, assistência ao veículo ou incêndio e roubo. (M.B.) 

Fonte: Diário de Pernambuco

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! Seja bem vindo. Agradecemos a sua participação através de elogios, sugestões ou reclamações, queremos saber da sua opinião sobre o nosso blog! Um grande abraço.