segunda-feira, 26 de março de 2012

Economia em alta, mas a política...


Município onde se localiza um dos destinos turísticos mais procurados do país, Ipojuca, no litoral Sul do estado, não chama atenção somente por suas belas praias, como Porto de Galinhas. A cidade que mais cresce no Complexo Industrial de Suape, chegando a um Produto Interno Bruto de R$ 7 bilhões, continua vítima de práticas políticas suspeitas. Sete dos dez vereadores respondem, hoje, a ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O prefeito Pedro Serafim (PDT), por sua vez, é alvo de quatro processos – todos em tramitação. 


O termo “improbidade” é tratado na Constituição Federal como ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da administração, a exemplo da moralidade, impessoalidade e eficiência. A quebra desse fundamento, contudo, virou rotina na política do município. As informações são públicas e estão no site do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Foram apuradas durante consulta a processos cadastrados de 1º grau e confirmadas pela promotoria do Patrimônio Público da cidade. 



Entre os dez vereadores de Ipojuca, os únicos que não respondem a processos de improbidade são Olavo Seve (PMN), Paulo José do Nascimento (PDT), conhecido como Paulinho, e Leonildo Ferreira (PMN). Todos os demais, Romero Sales (PMDB), Fernando de Fausto (PSL), Nen Batatinha (PDT), Paulo Lins (PDT), Júnior Alves (PSL), Carlos Monteiro (PMDB) e Valtinho da Sucata (PMDB), são suspeitos de irregularidades.



Em meio aos processos abertos pelo MPPE, há três deles que envolvem “um grupo” de lideranças com mandato popular, de cinco a seis vereadores. O que inicia com o número 0001022-77, por exemplo, trata de uma viagem custeada pelos cofres públicos para Foz do Iguaçu (PR), no valor de R$ 60 mil, em maio de 2008. O órgão fiscalizador entendeu que a viagem foi desnecessária e serviu apenas para turismo. Isso porque os vereadores alegaram ter ido a um Encontro Nacional de Agentes Públicos, mas entre os 20 inscritos nesse encontro “nacional”, 16 eram de Ipojuca. 



Exemplos


Segundo o promotor Petrônio Barbosa Arruda, já a ação iniciada com 0000339-40 diz respeito a um suposto loteamento de cargos, num acordo entre o prefeito Pedro Serafim e seis vereadores. A acusação sustenta que o prefeito prometeu 10 cargos a cada um em troca de apoio em votações na Câmara Municipal – algo que todos negam. 


Outro processo – 0001976-64 – lembra os tempos de coronéis, e está em tramitação há cinco anos. Trata-se de supostas irregularidades na distribuição de cestas básicas, onde o MPPE ofereceu denúncias de que seis vereadores estavam distribuindo cartões numerados que permitiam recebimento de cestas básicas por parte dos eleitores, às vésperas da eleição.


Fonte: Diário de Pernambuco/Política
Aline Moura alinemoura.pe@dabr.com.br 


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