sábado, 7 de janeiro de 2017

Mata do Sacramento, na Mata Sul, pode virar Unidade de Conservação

Fragmento florestal é único remanescente de Mata Atlântica em Pernambuco que ainda serve de refúgio para o macaco guariba.
Por: Priscilla Costa, da Folha de Pernambuco

A Mata do Sacramento, inserida no município de Água Preta, Zona da Mata Sul, poderá se transformar em uma Unidade de Conservação. A possibilidade foi levantada após reunião realizada entre a gestão municipal com membros do grupo de trabalho do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). O fragmento florestal, de apenas 120 hectares, é único remanescente de Mata Atlântica em Pernambuco que ainda serve de refúgio para o macaco guariba (Alouatta belzebul), o qual está sofrendo com a pressão da caça e derrubada de árvores. 

Também conhecido como macaco capelão ou macaco barbado, é na Mata do Sacramento que vivem os últimos indivíduos da espécie - cerca de 13. A situação se torna ainda mais preocupante, visto que os guaribas são classificados como vulneráveis na lista de espécies ameaçadas de extinção. Durante o encontro, foi apresentado o plano emergencial de conservação do remanescente florestal. A intenção do GT foi buscar parceria conjunta com a administração do município.

Força-tarefa na Mata do Sacramento

De acordo com a coordenadora do grupo de trabalho, Alessandra Sá, ainda será feito um levantamento das características da área e relatórios de pesquisadores que estudam a espécie serão reunidos para que, então, seja avaliada em qual categoria a Mata do Sacramento será inserida, quando criada a Unidade de Conservação. "Poderá ser um refúgio de fauna ou uma estação ecológica, por exemplo. Vamos estudar essa questão, mas só em a Prefeitura de Água Preta ter dado um sinal verde de que vai ser parceira nossa nessa questão foi um grande passo", reconheceu. Até a ideia de criar uma unidade protegida sair do papel, as fiscalizações no local serão constantes. "Sabemos que os desmatamentos continuam, mas a presença da Cipoma tem inibido a ação de infratores", afirmou Alessandra. 

Pesquisadores da UFPE e UFRPE também vão realizar trabalhos de educação ambiental nos assentamentos rurais próximos à área, assim como capacitar professores de escolas do município a fim de reforçar a importância de proteger os macacos guaribas. Ontem à tarde, o primeiro trabalho nesse sentido foi feito no assentamento rural de Pedra Íma. Lá foi lançada a proposta de uma campanha de mobilização e de educação ambiental com os agricultores para a proteção das matas da região, não só apenas a do Sacramento.

Comportamento
Conforme publicado pela Folha de Pernambuco, a pesquisadora Maria Adélia Oliveira, do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da UFRPE, que estuda a Mata do Sacramento desde 1988, alertou sobre o nível de vulnerabilidade da espécie. Segundo ela, a pressão do desmatamento alterou o comportamento dos mamíferos. “Eles estão deixando de emitir seu som característico como forma de se adaptar e proteger seu território”, lamentou. Segundo a UFRPE, grupo assessor que acompanha o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas do Nordeste, a taxa de vocalização desses animais, se comparada a de outras localidades, não chega a 1%.

Fonte: www.folhape.com.br/

Preservar é preciso!

As Unidades de Conservação (UCs) representam um dos principais instrumentos para a conservação e manejo da biodiversidade. São áreas que incluem os recursos naturais e as águas jurisdicionais com relevantes características naturais e instituídas legalmente pelo Poder Público (federal, estadual ou municipal), com objetivos de conservação, limites definidos, e um de regime especial de administração.
lei estadual 13.787/09, de 08 de junho de 2009, instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza - SEUC de Pernambuco, baseado no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei nº 9.985/00 e  Decretos nº 3.834/01 e 4.340/02) estabelecendo "os critérios e normas estaduais para a criação, implantação e gestão das Unidades de Conservação, além de dispor sobre o apoio e incentivo ao Sistema, bem como sobre as infrações cometidas em seu âmbito e as respectivas penalidades".

As Unidades de Conservação são divididas em: Unidades de Proteção Integral e de Uso Sustentável. As Unidades de Proteção Integral são aquelas que mantêm livres os ecossistemas das alterações causadas pela interferência humana, admitindo apenas o uso indireto. Já as Unidades de Uso Sustentável permitem o uso de parcela de seus recursos naturais de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos.

O estado de Pernambuco possui, hoje, 81 Unidades de Conservação Estaduais (40 de Proteção Integral e 41 de Uso Sustentável). Entre as Unidades de Proteção Integral estão 3 Estações Ecológicas (ESEC), 5 Parques Estaduais (PE) e 31 Refúgios da Vida Silvestre (RVS) e 1 Monumento Natural (MONA). Já entre as Unidades de Uso sustentável figuram 18 Áreas de Proteção Ambiental (APAs), 8 Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e 14 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPNNs) e 1 Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE).

A Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH é o órgão responsável pela administração e gestão ambiental das Unidades de Conservação (UCs) Estaduais, estando entre suas atribuições:

- subsidiar tecnicamente propostas de criação de Ucs;

- implementar o Sistema Estadual de Ucs;

- encaminhar propostas de criação de Ucs;

- administrar  e fiscalizar as UCs públicas estaduais;

- reconhecer as UCs Privadas;

- elaborar Planos de Manejo para as UCs;

- elaborar, implementar, manter atualizado e divulgar o cadastro estadual de UCs. 

Fonte: http://www.cprh.pe.gov.br/

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

123 anos de emancipação

 Em 3 de Agosto de 1892 Água Preta foi constituída como município autônomo pela lei nº 52, de acordo com a constituição estadual.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

O Blog da Cidade: Ponto do Açaí , a nova lanchonete da cidade!

O Blog da Cidade: Ponto do Açaí , a nova lanchonete da cidade!

Chegou em nossa cidade um novo point de encontro! Com deliciosos lanches. variedades de sucos, milkshakes, chocolate quente, sem faltar a atração principal, o açaí, que é servido em várias opções. O Ponto do Açaí tem ambiente agradável, atendimento de qualidade e vem agradando a toda clientela. A nova lanchonete fica localizada na rua David Madeira, nº 3818 no Centro da cidade em Água Preta, próxima a Praça Santa Teresinha. É lá onde os amigos se encontram!

Ponto do Açaí , a nova lanchonete da cidade!


Chegou em nossa cidade um novo point de encontro! Com deliciosos lanches.  variedades de sucos, milkshakes, chocolate quente, sem faltar a atração principal,  o açaí, que é servido em várias opções. O Ponto do Açaí tem ambiente agradável, atendimento de qualidade e vem agradando a toda clientela. A nova lanchonete fica localizada na rua David Madeira, nº 3818 no Centro da cidade, próxima a Praça Santa Teresinha. É lá onde os amigos se encontram! 

Venha conhecer!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Organizações alertam sobre a degradação do bioma em Pernambuco

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a caatinga abrange 11% do território nacional e está presente em dez estados do Brasil.

Maria Regina Jardim
A caatinga é prejudicada, principalmente, pela caça, as queimadas e o desmatamento.
Foto: divulgação


Único bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga é, também, o menos conhecido e estudado pelos pesquisadores no País. O dia (28), data em que é celebrado o Dia Nacional da Caatinga, entidades não governamentais do Sertão pernambucano enfatizaram a importância da conservação das riquezas naturais para o desenvolvimento do bioma.

A caatinga ocupa 11% do território nacional e se espalha por dez estados do Brasil, com várias espécies de animais e plantas ameaçadas pelo desmatamento, as queimadas e a caça ilegal. No Estado, o bioma se encontra presente no Sertão e Agreste e tem como principal característica a vegetação seca, em consequência das chuvas irregulares da região.

Em Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, o Sindicato de Trabalhadores Rurais (STR), a Casa da Mulher do Nordeste e outras entidades formaram o grupo Fé e Política para conscientizar a população sobre desenvolvimento sustentável e combate à degradação dos ecossistemas do local. 

O bispo da Diocese de Afogados da Ingazeira, dom Egídio Bisol, coordenador do grupo, explicou que, hoje, a principal preocupação das organizações é combater a extração clandestina de madeira destinada à indústria de carvão, de gesso e de cerâmica nos municípios da região. As entidades exigem do governo uma fiscalização permanente. “Estamos pressionando o Estado para que reforcem o controle na retirada de madeira na caatinga. A situação é muito grave em municípios como São José do Egito, Iguaraci e Tuparetama”, afirmou.

De acordo com a coordenadora do STR de Afogados da Ingazeira, Maria das Dores Siqueira, além do desmatamento, a população retira uma grande quantidade de areia do rio Pajeú para vender a construtoras. “Temos consciência de que muita gente se sustenta com a extração de recursos do bioma, mas é preciso implantar políticas públicas direcionando um aproveitamento consciente”, declarou.

A coordenadora do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), Patrícia Nicola, informou que a caça ilegal de animais, no bioma, é voltada à domesticação. “Aves de canto, gatos selvagens e répteis são retirados da natureza para serem criados como bichos de estimação”, informou a gestora do centro, localizado em Petrolina. “As queimadas também prejudicam os animais, muitos chegam a nós machucados, cheios de queimaduras”, completou.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a caatinga e o cerrado são os únicos biomas brasileiros não considerados Patrimônio Nacional. Há cinco anos, tramita no Congresso um projeto de emenda à Constituição Federal, a PEC 504/2010, que pode incluir os biomas na lista e reforçar sua preservação.

Fonte: JC Online