terça-feira, 22 de maio de 2012

Programa que une ações sociais e ambientais é exemplo de sustentabilidade


Famílias que moram em casas em situação de risco e de degradação ambiental, à beira de lagoas e canais, em mais de dez comunidades da zona norte de Teresina (PI), estão sendo removidas para conjuntos habitacionais construídos em um raio máximo de seis quilômetros. Aquelas que vivem na região, mas contam com habitações que não oferecem risco, estão recebendo melhorias em suas casas, como ligação à rede coletora de esgoto, ampliação de cômodos e construção de muros. A iniciativa faz parte do Programa Lagoas do Norte, desenvolvido pela prefeitura de Teresina e apresentado hoje (17) como exemplo de projeto de sustentabilidade urbana, durante o Encontro de Secretários de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras, que ocorre até amanhã (18) no Rio de Janeiro.
De acordo com o responsável pelo programa, Raimundo Nonato Caminha, a iniciativa é inovadora porque garante intervenções integradas de recuperação ambiental e social. Além das ações para assegurar moradia digna a essa parcela da população, há medidas voltadas à recomposição urbanística, à limpeza e dragagem das lagoas e de seus canais de ligação e ao reflorestamento do entorno.
“As variáveis que determinam a pobreza da região estão sendo atacadas simultaneamente. Estamos fazendo a limpeza e a dragagem das lagoas, restaurando diques para evitar enchentes, conectando 100% das casas à rede de esgoto, além de melhoria viária”, destacou.
Ele acrescentou que a região também vai contar com escolas que oferecem educação integral e projetos de capacitação para profissionais em diversas áreas. Além disso, está sendo construído, ao longo dos canais, o Parque Linear, que deve ser inaugurado em um mês. O local oferecerá área de preservação, de lazer, praça de esportes e espaço para atividades culturais.
“Como havia uma simbiose de pobreza e degradação, com falta de dignidade, as intervenções estão sendo feitas integrando-se o ambiental e o social. Com isso, você quebra de uma vez o ciclo da pobreza”, ressaltou.
Caminha enfatizou que todo o trabalho é acompanhado por uma equipe de assistentes sociais que orientam a população sobre todas as mudanças implementadas.
O projeto começou há um ano e tem previsão de conclusão em 2014. As obras, orçadas em R$ 100 milhões, são financiadas pelo Banco Mundial, responsável por 70% do valor, e pela prefeitura de Teresina.
O Encontro de Secretários de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras reúne, além dos representantes da área, técnicos em mudanças climáticas e sustentabilidade. Ao fim do encontro, será elaborada a carta Rio pela Sustentabilidade, com as propostas e metas. O documento será apresentado na cúpula do C40, grupo que reúne os prefeitos das maiores cidades do mundo, no Forte de Copacabana, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio 20, em junho.
Da Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! Seja bem vindo. Agradecemos a sua participação através de elogios, sugestões ou reclamações, queremos saber da sua opinião sobre o nosso blog! Um grande abraço.