Partidos manterão projeto

Assim como no caso do governador Eduardo Campos, o bloco alternativo sinaliza para a manutenção da sua posição anterior. O senador Armando Monteiro afirma que vai esperar para ver se o vencedor das prévias do Partido dos Trabalhadores vai conseguir unir o partido. A observação do parlamentar tem como base a disputa ferrenha registrada até o último dia da prévia e que vai continuar. Caso não consiga, a candidatura alternativa será inevitável.

“Não sabemos como esse nome vai para a disputa, afinal, a tendência é de fragmentação da militância em virtude das trocas de acusações registradas durante a campanha”, observou Armando Monteiro, um dia antes da disputa dos petistas. A opinião do parlamentar antecipou um pouco da guerra em que se transformou a votação no dia das prévias, durante o dia de ontem.

Armando integra um grupo formado partidos que resolveram apresentar alternativas à candidatura do prefeito João da Costa à reeleição. A alegação era de que o petista não conseguia agregar e, por isso, não teria como conduzir o grupo na condição de líder a Frente Popular para mais uma disputa nas eleições do Recife. Uma posição que terá continuidade.

O rol de opositores à candidatura petista inclui além de Armando Monteiro os deputados federais Carlos Eduardo Cadoca (PSC), Eduardo da Fonte (PP) e Paulo Rubem Santiago (PDT). Todos, menos o senador, já haviam manifestado a disposição de concorrer nas eleições deste ano. Santiago, inclusive, tem promovido debates para montar uma plataforma de governo.

Com a vitória de João da Costa, inclusive, o grupo alternativo nutre a esperança de que o governador Eduardo Campos decida recorrer a um plano B. Especulava-se que o secretário de Governo, Maurício Rands, conseguiria com mais facilidade unir a frente. Com isso, caso ele não consiga reverter o cenário de derrota recorrendo à executiva nacional, dificilmente o grupo abrirá mão da disputa nas eleições deste ano. 

Fonte: Diário de PE