Furar fila de banco, comprar CDs piratas, baixar filmes pela internet se tornaram situações tão rotineiras na sociedade que passaram a não ser consideradas mais por muitas pessoas como gestos indecorosos e até mesmo crime. Esta tendência foi confirmada em uma pesquisa realizada pelo Grupo de Estudo da Faculdade Frassinette do Recife (Fafire), em parceria com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O estudo O que você tem a ver com a corrupção foi desenvolvido com o intuito de aferir o grau de corrupção na Região Metropolitana do Recife. Foram entrevistadas 700 pessoas.
De acordo com a pesquisa, grande parte da população recifense condena a corrupção na esfera pública, mas tem alto grau de aceitação no que diz respeito à utilização de produtos piratas. Questionados, 72,3% dos entrevistados afirmaram nunca praticar atos de corrupção, em contrapartida 55,25% acham aceitável baixar músicas e livros pela internet.
Para o cientista político Michel Zaidan, as atitudes que envolvem a corrupção se tornaram aceitáveis devido ao antigo “jeitinho brasileiro” de avaliar as ações da sociedade como um todo. “A corrupção só é assim considerada quando se torna pública”.
Fonte: Diário de PE
Eduarda Bione especial para o Diario
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