segunda-feira, 21 de maio de 2012

Eduardo aguarda decisão nacional

Governador não vai anunciar apoio a petista antes que haja uma decisão final da executiva do partido.



Fim da votação nas prévias do PT, início de uma nova caminhada. Mas isso ainda sem uma definição sobre o apoio do governador Eduardo Campos (PSB). A proclamação do resultado de ontem, com a vitória contestada de João da Costa, veio com o aviso rápido do gestor de que só se pronunciará sobre alianças depois que a executiva nacional do PT decidir quem, efetivamente, será o nome do partido na disputa da capital.

Enquanto durou a campanha do PT, o socialista não teceu comentários sobre a disputa. Algumas vezes afirmou apenas que aguardaria o resultado da eleição para saber quem seria o candidato petista à Prefeitura do Recife. E, como ainda pode haver reviravolta no resultado, resolveu manter o silêncio. A única certeza é que vai depender do apoio dele a possibilidade de união da Frente Popular.

A vitória de João da Costa na prévia do PT, se referendada pela instância nacional do partido, cria uma situação um pouco mais complicada para o governador Eduardo Campos do que seria uma de Maurício Rands. Os aliados do socialista apontam vários cenários: ele poderá apoiar reeleição do prefeito, mas poderá marchar ao lado do candidato apresentado pelo grupo alternativo que, neste caso, não vai abrir mão de lançar um nome para enfrentar o prefeito.

 O candidato deles, inclusive, é visto como uma opção para carrear os votos de pessoas fieis ao deputado federal João Paulo (PT). O parlamentar já anunciou que não subirá no palanque de João da Costa. Uma outra possibilidade para Eduardo é de apresentar um socialista para a disputa da eleição de outubro, com a adesão dos alternativos.

No caso de optar pelas duas últimas alternativas, segundo aliados mais próximos, o governador não terá dificuldades para justificar sua decisão junto aos integrantes da direção nacional do PT, principalmente o ex-presidente Lula (PT), de quem é amigo e aliado. E os argumentos são muitos: o primeiro deles seria de que João da Costa não conseguiu unir os partidos da frente. Segundo: o rompimento com os companheiros de partido e, por isso, a realização da prévia. O terceiro argumento seria de que foi o próprio PT responsável pela divisão da aliança no Recife.

Tem quem lembre, ainda, que em nenhum momento o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff (PT) interferiu em favor de João da Costa, pedindo, por exemplo, ao senador Armando Monteiro para ajudar o projeto de reeleição do petista ou ao senador Humberto Costa (PT) e ao próprio Maurício. “Se isso tivesse acontecido certamente eles teriam atendido ao pedido”, afirmou um palaciano em reserva. Mesmo com os cenários delineados, é recorrente entre os aliados do governador que, com o fim da prévia, uma longa rodada de conversa será necessária com os partidos da frente. 

Fonte: Diário de PE

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