segunda-feira, 18 de março de 2013

A política destacada como "causa nobre"

Em um forte desabafo, Jarbas Maranhão destaca importância da atividade e lamenta que, hoje, muitos entrem na política "sem nem saber o que é espírito público"

A política é uma causa muito nobre. Esta é a convicção do constituinte de 46, Jarbas Maranhão. Aos 97, considera, porém, que os políticos têm distorcido a vocação verdadeira da política: a de servir. Um ‘chamado’ que o grego Aristóteles identificou na natureza do homem: a de ser um “animal político”, por viver em comunidade, onde as ações individuais repercutem num todo. Entende Jarbas que é a prática da política com espírito público que está ausente dos políticos brasileiros.

“Hoje em dia, o que atrasa a política é que muita gente não sabe nem de longe o que é espírito público. Pensa que entrar na política é como entrar num time de futebol ou uma casa de negócios para ganhar dinheiro. Há um excesso de partidos, gente que não se sabe de onde veio, que não sabe nem que a política é uma coisa muito nobre. Só a ambição de ser útil é que justifica o político. Ambição de servir, de crescer servindo aos outros, ao seu município, ao seu Estado e ao seu País”, sentencia.

Único dos 338 deputados e senadores da Assembleia Constituinte de 46 ainda vivo, Jarbas Cardoso de Albuquerque Maranhão define a Constituição pós Estado Novo como municipalista, progressista para a época, um avanço das liberdades individuais. A primeira a possuir uma bancada comunista. Seis meses depois de sua promulgação, a bancada caiu, após o Supremo Tribunal Federal (STF) colocar o Partido Comunista Brasileiro (PCB) na ilegalidade. 

Fonte: Jornal do Commércio
Ayrton Maciel

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